Cerca de 21 mil novos servidores. Este é o déficit apontado no quadro da Previdência Social atualmente, enquanto espera pela realização de um novo concurso INSS.
O dado foi apontado pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), em nota divulgada em seu site nesta quinta-feira, 5, sobre campanha contra a Reforma Administrativa.
A entidade, que há anos luta pela reposição do quadro de servidores da autarquia, mais uma vez denuncia o problema que já é percebido por toda a população: sem profissionais, a fila do INSS não vai andar.
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) apontam que o número de processos é em torno de 1,5 milhão. Essa quantidade varia constantemente conforme novos pedidos entram e saem, mas o Governo Federal ainda não conseguiu resolver os de atrasos.
O prazo legal para que um pedido seja analisado e respondido no Instituto Nacional do Seguro Social é de 45 dias. Mas em alguns casos a média de espera pode chegar a até oito meses.
INSS já perdeu um terço da força de trabalho
Não é apenas a falta de servidores que impacta neste cenário. Há ainda a questão da Reforma da Previdência, os problemas estruturais e processos internos da autarquia, a própria digitalização do serviço que não funciona de forma plena.
Mas certamente a falta de 21 mil trabalhadores é uma das principais causas. Ainda segundo a nota da Fenasps,a autarquia perdeu cerca de um terço da força de trabalho nos últimos cinco anos por conta de aposentadorias.
E neste período apenas um concurso público foi realizado: o de 2015. A seleção ofereceu 950 vagas, mas o número já era muito pequeno diante do déficit já significativo naquela época. E o Governo Federal não convocou os excedentes.
No caso de médicos peritos não se sabe ao certo o déficit de profissionais, mas o último concurso foi realizado ainda mais longe: em 2011. De acordo com dados de sindicatos, a autarquia atua com apenas 3.523 deles, número que não tem dado conta da demanda nos últimos meses.
E uma parte considerável deles está afastada de trabalhos presenciais, pois pertencem ao grupo de risco da Covid-19.