O pedido de concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para vagas de policial rodoviário federal já está de volta ao Ministério da Justiça (MJ). Agora, a solicitação depende de análise da pasta para ser encaminhada ao Ministério do Planejamento, o que precisa acontecer até o dia 31 do mês que vem, conforme prazo estipulado pelo órgão responsável pela autorização.
PRF explicou motivos da devolução
Segundo explicou a PRF, por meio de sua assessoria de imprensa, o processo havia sido devolvido pelo MJ apenas para “ajustes documentais, especificamente na atualização do estudo sobre recursos necessários”. O órgão esclareceu que o processo já foi adequado e reenviado para o Ministério da Justiça.
A solicitação é para 1.300 vagas, no cargo que tem requisito formação superior em qualquer área e carteira de habilitação na categoria B ou superior. A remuneração inicial oferecida é de R$9.501,98, valor que já inclui o auxílio-alimentação, de R$458, e conta com reajustes previstos para 2018 e 2019.
A realização do concurso é uma prioridade do órgão, de acordo com o diretor-geral da corporação, Renato Dias, que espera conseguir sensibilizar o governo a conceder a autorização ainda este ano. E, conforme o coordenador-geral de Recursos Humanos do órgão, Jesus Caamaño, já ressaltou, em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA, a intenção do órgão é divulgar o edital do concurso de dois a três meses após a autorização do Planejamento.
Aposentadorias demandam urgência no concurso
A urgência na abertura da seleção se deve à situação crítica em que se encontra o efetivo da PRF. Atualmente, o déficit é de cerca de 2.500 policiais, havendo ainda a possibilidade de centenas de aposentadorias nos próximos meses.
Ao fim deste ano, deverá chegar a 3.600 o número de policiais em condições de passar à inatividade. E o fluxo de aposentadorias poderá se intensificar em função da aprovação da reforma previdenciária, que está sendo discutida no Congresso Nacional.
A PRF abriu concurso para policial pela última vez em 2013. A seleção, para mil vagas, atraiu 109.769 inscritos (cerca de 110 por vaga) e compreendeu provas objetivas e discursivas, exame de aptidão física, avaliações médica, psicológica e de títulos, além de investigação social e curso de formação. O organizador foi o Cebraspe (antigo Cespe/UnB).
As avaliações escritas foram sobre Língua Portuguesa, Matemática, Ética no Serviço Público, Informática, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Processual Penal, Legislação Especial, Direitos Humanos e Cidadania, Legislação Relativa à PRF e Física Aplicada à Perícia de Acidentes Rodoviários.
Por: Anderson Borges – anderson.borges@folhadirigida.com.br