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01/06/2021

INSS: solicitado novo edital com 10 mil vagas. Níveis médio e superior

O Instituto Nacional do Seguro Social confirmou o pedido de autorização para novo concurso INSS com 10 mil vagas. O quantitativo foi solicitado ao Ministério da Economia. Os dados foram confirmados pelo órgão à Folha Dirigida nesta terça-feira, 1º.

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A distribuição das oportunidades por carreira não foi informada. De acordo com a Assessoria de Imprensa do instituto, o quantitativo de 10 mil vagas ainda poderá ser revisado pela presidência para ter mais possibilidades de autorização pela Economia.

O último pedido para autorização do concurso INSS, enviado em 2018, também demandava 10 mil vagas. Desse total, mais de 2 mil eram referentes à chamada de aprovados em cadastro de reserva do concurso anterior (que ainda estava vigente na época) e 7.888 vagas em um novo edital.

A solicitação incluía 3.984 vagas de técnico (nível médio), 1.692 vagas de analista (nível superior) e ainda 2.212 vagas de médico perito (nível superior). Essa última carreira, no entanto, não faz mais parte do quadro de pessoal do INSS desde 2019.

Tal pedido não foi aceito pelo Ministério da Economia, na ocasião.

O atual déficit de pessoal do instituto é de 22 mil servidores. Faltam 20.309 técnicos e 2.372 analistas. As remunerações iniciais são de R$5.186,79 e R$7.659,87, respectivamente.

Um indicativo para que a autorização do concurso seja concedida é que, em 2022, serão encerrados os contratos dos servidores aposentados e militares inativos temporários, selecionados no ano passado para zerar a ‘fila’ da Previdência.

Para dar continuidade aos atendimentos, no próximo ano, o instituto já precisaria contar com os novos servidores aprovados no concurso público.

Presidente do INSS quer mais agilidade nos atendimentos

O INSS, responsável por atender milhões de segurados da Previdência Social, apresenta um grave problema de atendimento: não há servidores suficientes para atender ao expressivo número de processos.

De acordo com reportagem do UOL, em março do ano passado, 1,282 milhão de pedidos de benefícios dependiam da análise do INSS. Em novembro, a fila havia caído para 1,251 milhão, apenas. Os dados são do boletim estatístico da Previdência Social.

A solução encontrada pelo Governo foi investir na transformação digital e na contratação de temporários (aposentados e militares da reserva). Em entrevista recente à Associação Nacional dos Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social (Anasps), o presidente do INSS, Leonardo Rolim, falou sobre essa questão.

“O foco é que o INSS atenda de forma mais ágil às demandas do cidadão. Maior desafio para o segundo semestre é o cumprimento dos prazos. Estamos fazendo uma série de ações para conceder os benefícios de forma mais célere”, disse Rolim.

Ele complementou que “o INSS tem um papel muito importante de garantir a proteção para àquelas pessoas que estão com dificuldade de obter renda, em função de aposentadorias e outros benefícios”.

Para reduzir a fila e garantir o melhor atendimento à população, especialistas afirmam que o recomendado é a abertura de concurso para o INSS. Para isso, o Ministério da Economia deve autorizar o preenchimento de vagas, mediante o orçamento disponível.

O presidente do INSS, Leonardo Rolim, ainda destacou que a importância das carreiras do Seguro Social serem consideras como típicas de Estado. Segundo a proposta da Reforma Administrativa, apenas esse grupo terá direito a estabilidade em futuros concursos.

“Fizemos a formalização da proposta, com toda argumentação, para garantir que a carreira do Seguro Social seja considerada típica de Estado. Isso é muito importante porque a carreira tem prerrogativas próprias. É uma atividade que não há similar na iniciativa privada. Estamos muito otimistas que nosso pleito será atendido”, garantiu.

Último concurso INSS foi realizado há mais de cinco anos

Em 2015, ocorreu o último concurso para técnicos e analistas do INSS. Ao todo, foram disponibilizadas 950 vagas, porém o número foi considerado inexpressivo diante do déficit já existente naquela época. Para perito, a seleção anterior foi em 2011, com 375 vagas.

Os candidatos a técnico foram avaliados por prova objetiva com 120 questões sobre Ética no Serviço Público, Regime Jurídico Único, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo, Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática e Conhecimentos Específicos.

Já para analistas foram exigidas as disciplinas de Português, Raciocínio Lógico, Noções de Informática, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Legislação Previdenciária, Legislação da Assistência Social, Saúde do Trabalhador e da Pessoa com Deficiência.

Para peritos, a seleção teve provas objetiva e de títulos. Na primeira foram cobradas 30 questões sobre Conhecimentos Básicos (Português, Ética no Serviço Público, Noções de Direito Constitucional e Noções de Direito Administrativo) e 50 de Conhecimentos Específicos.

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Fonte: Folha Dirigida
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